31 de março de 2013

É esta gente "democrática" que quer calar os blogues independentes?

capa do jornal O Globo celebrando o golpe militar de 1964.


O editorial do O Globo de 2 de abril de 1964



do Pragmatismo Político


Relembre: editorial de O Globo celebra golpe militar de 1964

A história inabalável: Editorial do jornal “O Globo” de 2 de abril de
1964, celebrou o Golpe Militar

Leia a seguir, na íntegra, o posicionamento histórico e irreparável do
jornal da família Marinho durante o processo que removeu, à força, um
governo democraticamente eleito e instaurou uma ditadura militar no
Brasil. Na foto abaixo, a capa do jornal O Globo, celebrando o
“ressurgimento da democracia”, um dia após o Golpe Militar.

Editorial de “O Globo” do dia 02 de abril de 1964

“Ressurge a Democracia”

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os
patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou
opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a
democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças
Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão
dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil
livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para
rumos contrários à sua vocação e tradições.

Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ser
a garantia da subversão, a escora dos agitadores, o anteparo da
desordem. Em nome da legalidade, não seria legítimo admitir o
assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação
horrorizada.

Agora, o Congresso dará o remédio constitucional à situação existente,
para que o País continue sua marcha em direção a seu grande destino,
sem que os direitos individuais sejam afetados, sem que as liberdades
públicas desapareçam, sem que o poder do Estado volte a ser usado em
favor da desordem, da indisciplina e de tudo aquilo que nos estava a
levar à anarquia e ao comunismo.

Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim,
de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios
públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.

Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros
devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus
inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao
dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a
garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram
a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um
daqueles poderes, o Executivo.

As Forças Armadas, diz o Art. 176 da Carta Magna, “são instituições
permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade do Presidente da República E DENTRO DOS LIMITES DA LEI.”

No momento em que o Sr. João Goulart ignorou a hierarquia e desprezou
a disciplina de um dos ramos das Forças Armadas, a Marinha de Guerra,
saiu dos limites da lei, perdendo, conseqüentemente, o direito a ser
considerado como um símbolo da legalidade, assim como as condições
indispensáveis à Chefia da Nação e ao Comando das corporações
militares. Sua presença e suas palavras na reunião realizada no
Automóvel Clube, vincularam-no, definitivamente, aos adversários da
democracia e da lei.

Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso,
impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada
pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de
restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do
amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam
envolvido o Executivo Federal.

Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os
setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém
escapava o significado das manobras presidenciais. Aliaram-se os mais
ilustres líderes políticos, os mais respeitados Governadores, com o
mesmo intuito redentor que animou as Forças Armadas. Era a sorte da
democracia no Brasil que estava em jogo.

A esses líderes civis devemos, igualmente, externar a gratidão de
nosso povo. Mas, por isto que nacional, na mais ampla acepção da
palavra, o movimento vitorioso não pertence a ninguém. É da Pátria, do
Povo e do Regime. Não foi contra qualquer reivindicação popular,
contra qualquer idéia que, enquadrada dentro dos princípios
constitucionais, objetive o bem do povo e o progresso do País.

Se os banidos, para intrigarem os brasileiros com seus líderes e com
os chefes militares, afirmarem o contrário, estarão mentindo, estarão,
como sempre, procurando engodar as massas trabalhadoras, que não lhes
devem dar ouvidos. Confiamos em que o Congresso votará, rapidamente,
as medidas reclamadas para que se inicie no Brasil uma época de
justiça e harmonia social. Mais uma vez, o povo brasileiro foi
socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave
crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande
favor.”

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