Os Teletecs, ou me engana que eu gosto

"Vou fazer uma revolução no ensino profissional". (Serra)
Em entrevista a José Luiz Datena, em 27 de abril de 2010.

Estranha a lógica de Serra.
Quando fazem comparações ente os governos de Fernando Henrique Cardoso e de Lula, ele diz que os candidatos agora, são ele e Dilma e que Dilma não é Lula.
Como estratégia de discurso eleitoral ele afirma que quer discutir daqui pra frente, discutir o futuro.

Entrentanto o mote adotado por ele e seus estrategistas é afirmar que Dilma não tem experiência, pois nunca concorreu a uma eleição nem teve nenhum cargo executivo. Com isso ele está querendo atingir o passado de inexperiência eleitoral de Dilma.
Mas não é para “esquecer” o passado e discutir o futuro?

Essa mesma afirmativa, falta de experiência de gestão, também era feita a Lula na primeira eleição que ele ganhou para presidente e, pelas realizações dos seus dois mandatos e índices de aprovação parece que essa tese, falta de experiência, foi refutada categoricamente.

Na entrevista dada ao Datena ontem parece-me que fica claro o que Serra quer dizer quando não quer que se fale do passado, pois o recente passado de Serra no governo do estado de São Paulo não lhe é muito favorável, ou seja, ele não quer esconder o passado do Fernando Henrique Cardoso, quer esconder seu próprio passado.
A frase de efeito do Serra ontem nessa entrevista, “Vou fazer uma revolução no ensino profissional”, me remeteu a um assunto já debatido neste blog em 15 de maio de 2009.

“Os Teletcs, ou me engana que eu gosto” (clique no título para ler esta postagem)

Nesta postagem, abordamos o modo tucano de fazer revolução na educação paulista. Anteviamos que esse projeto seria utilizado na campanha presidencial, para se contrapor as escolas técnicas federais, realmente, criadas no governo Lula e não apenas a maquiagem e efeitos especiais que o governo Serra fez com os TELETCS.
Tudo bem que devemos olhar prá frente e pensar o futuro da educação profissional para os nossos jovens,mas conhecer o passado é uma forma de evitar que se cometam no futuro os mesmos equívocos.

Olhando o passado recente de Serra na educação paulista, podemos com bastante segurança afirmar, esse tipo de revolução não deu certo e não o queremos para o futuro de nosso país.