15 de setembro de 2011

Maior tempo do aluno na escola tem que ter projeto pedagógico, diz CNTE

Aumentar o tempo de permanência nas escolas é uma boa proposta.
Resolveria o problema de mães trabalhadoras que estão sem opção para seus filhos no período em que não estão na escola.Porém, não basta aumentar o tempo de permanência na escola sem uma melhora significativa na qualidade da educação.
A experiência de escolas de tempo integral na rede pública paulista foi um fracasso.
Nem poderia ser diferente, lançada às vésperas de eleições para ser usada como propaganda política, nem se expandiu para toda a rede, nem melhorou a qualidade do ensino. Se a escola é ruim, deixar o aluno mais tempo serviria apenas para dar mais do que não serve. ( O Deputado Gabriel Chalita já está fazendo autopromoção na televisão com as tais escolas de tempo integral, mentiras deslavadas)
Que se pense escolas de tempo integral, com projetos pedagógicos sólidos,com currículos diversificados e com professores bem preparados e bem pagos.
Chega de remendos, a educação precisa de reformas profundas e, um bom começo é a valorização dos professores. Salários dignos para que os professores não precisem ser mascates, dando aulinhas de escola em escola. Capacitações sérias e investimento forte das três esferas do poder: Federal, Estadual e Municipal.
A sociedade precisa dar um basta à políticos oportunistas que utilizam a educação como plataforma eleitoreira.
Precisamos MOBILIZAR o BRASIL para tirar a educação pública do lamaçalem que se encontra.


Maior tempo do aluno na escola tem que ter projeto pedagógico, diz CNTE

14/09/2011 - 19h59

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, a proposta anunciada pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, de ampliar o tempo de permanência da criança na escola precisava ser acompanhada de um projeto pedagógico sólido. Na avaliação dele, o mais adequado seria ampliar a jornada diária em vez de aumentar o número de dias letivos.

“Nós somos a favor da escola em tempo integral. Mas é preciso que você aumente esse tempo e a criança tenha efetivamente o que fazer na escola. Já tivemos experiências que não foram exitosas porque se ampliou o tempo sem uma proposta pedagógica de escola integral”, defendeu.

Atualmente a carga horária mínima para as escolas é 800 horas anuais, distribuídas em 200 dias letivos. Caso a proposta seja por esticar o calendário, Leão disse que será necessário levar em conta alguns aspectos da vida prática do professor como o período de férias.

“Em um primeiro momento, acho que o passo importante é a ampliação da jornada. Temos que saber [com o Ministério da Educação] como serão trabalhadas questões importantes para a nossa vida como o período de férias. No nosso entendimento, o período de férias pode ser de acordo com o calendário escolar, mas tem que ser contínuo e no mínimo de 30 dias”.

Edição: Rivadavia Severo

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