19 de junho de 2011

A piada do superaquecimento

A piada do superaquecimento

A IDEOLOGIA DA CATÁSTROFE É APENAS UM DISCURSO QUE VISA BRECAR O DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES EMERGENTES

18 de Junho de 2011 às 20:15

Claudio Julio Tognolli

Por que você acha que um babaca como o ex-vice Al Gore, de resto um parlapatão atávico, sem nunca a articular interesses claros, de uma hora para outra resolveu defender a Terra e a Natureza, em livro e filme? Porque cada época produz a ideologia de que tem necessidade. E a ideologia mais refinada adotada pelo Departamento de Estado dos EUA, e pela elite neo-liberal bretã, é vender a torto e a direito que a nossa querida Terra vai se derreter –em decorrência de fatores internos, como a emissão de gases.

Não levam em consideração fatores cósmicos, como o superaquecimento solar, a cada seis mil anos. Ninguém toca nesse tabu, de que a Terra esquenta por motivos extra-terrenos, no melhor sentido do termo. Se a Terra derrete, por que então a Groenlândia (cujo nome vem de greenland, terra verde) era adotada há centenas de anos pelos vikings como ponto de colher madeira para os barcos, e hoje está gelada? Interessa aos gringos brecar o crescimento de nações em desenvolvimento, tornar-nos eternos exportadores de matéria-prima, sem parque industrial e com a Amazônia internacionalizada.

Você encontra nos grandes centros urbanos cabeludinhos, barbudos docilmente receptivos à fé de que a Terra está derretendo apenas por fatores endógenos. Eles tentam te converter ao Greenpeace,etc. A ideologia gringa chega a você pela mão do barbudinho porra-louca da esquina.

Este repórter cobriu por dois anos pessoalmente em Miami o julgamento do ex-home forte do Panamá, Manoel Antonio Noriega. Num belo dia, depondo contra Noriega depois de receber uma polpuda some em dólares, do governo dos EUA, Carlos Lehder Rivas (fundador do cartel de Medelín), disparou ao juiz William Hoevler: “caro magistrado, nossa vingança chegou: a cocaína é a boma atômica da América Latina”. Pois bem: o defectivo militante da ONG que te encontra na esquina está te distribuindo a nova cocaína gringa. Quer fazer de você um genuflexo aderente à substância básica da cantilena neo-hiponga: o planeta vai se derreter e temo de voltar a ser os bons selvagens, como no “Contrato Social”, de Jean-Jacques Rousseau.

Ninguém toca nesse tabu. Talvez o único seja Laurence Hecht, editor da 21th Century Science and Tecnology. Segundo Laurence, uma revisão detalhada de 175 artigos científicos revela que os fundadores da moderna teoria da estufa, Guy Stewart Callendar e Charles David Keeling (um ídolo especial de Al Gore) ignoraram completamente as medições cuidadosas e sistemáticas dos mais famosos nomes da físico-química, entre eles vários ganhadores do prêmio Nobel. As medições desses químicos mostraram que a concentração atmosférica atual de CO2, de cerca de 380 partes por milhão (ppm) foram excedidas no passado, inclusive no período de 1936 a 1944, quando os níveis de CO2 variaram de 393 a 454,7 ppm.

Vale dizer que esse discurso ideológico, que quer brecar o crescimento dos países emergentes, teve outras roupagens. Por exemplo: no começo da Revolução Industrial, na Inglaterra do século XIX, o Times londrino satanizava o bacilo de Koch – referindo que ele era o responsável pelas mortes da massa proletária a engordar a protogênese do capitalismo moderno. Jamais se dizia que as pessoas morriam não pelo bacilo de Koch, mas pelas más condições de estrutura urbana, geradas por um governo que não olhava para o proletariado inglês. Satanizar o pobre bacilo de Koch era a solução midiática para lavar as mãos pelas não-condições de saúde pública, que deveriam ser assumidas, obviamente, pelos governos.

Hoje, a mesma ideologia assume um novo tipo de roupagem. Por que você acha que o Príncipe Charles é um dos padroeiros do incensado World Wide Fund for Nature, o WWF? Há um complô das nações desenvolvidas para que o Brasil continue sendo o celeiro do mundo. É o mesmo tipo de doutrinamento que canalhas como José de Anchieta vieram fazer no Brasil, engessando a cabeça do populacho de que a vida no mundo não vale nada – e que o paraíso você encontra após a morte. O papel das ONGs ecológicas é cego e correlato ao entorpecimento gerado aqui pela contra-reforma católica, tocada pela Companhia de Jesus. Ambientalistas e padrecos medievais como Anchieta devem dar as mãos.

Na Academia brasileira só há duas pessoas que têm coragem de contestar o aquecimento global como gerado apenas por emissões de gás na Terra. São eles Gildo Magalhães dos Santos Neto, professor da História da USP, e Aziz Ab-Saber, da Geografia da mesma USP. E só há um livro no mercado que expõe a nu a farsa do aquecimento global gerado por fatores exclusivamente endógenos. É a obra “Máfia Verde: o ambientalismo a serviço do governo mundial”, lançado pela editora Capax Dei. Cuidado com o barbudinho da esquina: em seu miserê tropicanalhado, de chinelo de dedos, calça desbotada e camisa tie-die, ele é o novo agente do imperialismo yankee, embora idolatre Che Guevara, Chavez e demais subprodutos do groucho-marxismo.

+Claudio Tognolli é doutor em filosofia das ciências, pela USP. Sua tese, “A ideologia do DNA”, pode ser lida gratuitamente no seguinte endereço:


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