25 de outubro de 2010

Onde entra a FDE tem maracutaia

O Nassif, que é um jornalista muito elegante, postou a matéria da Folha de São Paulo com o título "O Fator Paulo Renato".
Eu como sou uma blogueira suja e totalmente deselegante, replico o post do Nassif mas com um título, que me parece, mais apropriado.
Como dizem os místicos e espiritualistas: "Nada é por acaso"
Também acho que onde tem o dedinho da famigerada FDE, nada é por acaso. Se os materiais das escolas estão sendo comprados pelo dobro do preço de mercado, podem pesquisar que aí tem maracutaia.
Mas essa pesquisa eu deixo para a super Namarianews que, seguramente, é a maior especialista em desvendar os labirintos da escabrosa FDE. (Fundação para o Desenvolvimento da Educação de São Paulo)



Do Luis Nassif On Line

O fator Paulo Renato


A ex-Secretária da Educação, Maria Helena Guimarães, havia descentralizado tanto a compra de materiais quanto de serviços para as escolas. Seria um grande fator de integração das escolas com a comunidade, já que serviços e alimentos poderiam ser adquiridos de pequenos fornecedores locais. Paulo Renato recentralizou as licitações de serviços. Agora, a de material escolar.
Folha de S.Paulo - Sistema criado por Serra amplia gastos - 25/10/2010

Itens usados em escolas da rede estadual passaram a ser adquiridos com preços acima do valor de mercado

Com novo sistema, compras agora são feitas pela internet; antes, orçamentos eram tomados no comércio

BRENO COSTA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Uma mudança feita no sistema de compras de materiais para escolas estaduais de São Paulo com o objetivo de gerar economia aos cofres públicos acabou aumentando os gastos do governo.

A modificação ocorreu no ano passado, durante a gestão do candidato a presidente José Serra (PSDB) no governo de São Paulo.
Alguns itens passaram a ser adquiridos pelo Estado a preços acima do valor de mercado e até por aqueles praticados por outros órgãos do governo paulista.

Pelo sistema vigente até maio de 2009, a FDE (Fundação de Desenvolvimento da Educação) repassava mensalmente a cada uma das escolas o valor correspondente a R$ 1,60 por aluno.

As diretoras dessas unidades compravam no comércio suprimentos cotidianos, como papel higiênico e canetas, após a elaboração de três orçamentos. O dinheiro que sobrava era devolvido à FDE.

Com a mudança, o sistema, agora, é on-line. Duas empresas do ramo de papelarias prestam o serviço para 2.223 escolas de 34 municípios da Grande São Paulo: a Kalunga e a Gimba.

Os pedidos são feitos por um site específico, e a FDE emite "ordens de fornecimento" às empresas, que entregam os produtos em dois dias. O governo efetua o pagamento em até 30 dias.

De janeiro a setembro, as duas empresas já haviam recebido do governo "ordens de fornecimento" no valor de R$ 36,4 milhões -média de R$ 1,64 por aluno/mês. À Folha a FDE afirmou que o novo sistema havia reduzido o índice para R$ 1,08.

Pelo sistema antigo, o Estado teria desembolsado R$ 35,5 milhões, no mesmo período. Esse valor é superestimado, porque não considera as devoluções que as escolas faziam em caso de sobra.

Pelo novo sistema, chamado "rede de suprimentos", diretores de escolas visualizam na internet uma lista na qual são apresentados os produtos disponíveis, quantidade e preços.

A Folha teve acesso à lista de produtos oferecida às escolas pela Kalunga. A análise dos dados mostrou que, mesmo sendo comercializados em larga escala com a FDE, parte dos itens pode ser adquirida por preços mais baixos no site da Kalunga.

Foram comparados artigos com a mesma marca e especificações técnicas aos listados na rede de suprimentos. Enquanto uma embalagem com cinco unidades de arquivo morto é vendida à FDE por R$ 25,60, no site da Kalunga vale R$ 13,35.

A reportagem também comparou os preços ofertados às escolas com os listados na Bolsa Eletrônica de Compras, na órgãos de toda a administração pública compram suprimentos.

Um pacote com oito unidades de papel higiênico para dispenser custa às escolas paulistas R$ 39. Na BEC, o mesmo produto foi negociado por R$ 14,65.

Clique aqui para acompanhar no Twitte

Seja o primeiro a comentar!