29 de setembro de 2010

Debate em São Paulo: O cinismo de Alckimin foi o ponto alto. Deveriamos mandá-lo morar na Vila Dignidade.

Alckmin fugiu do confronto com Mercadante, fez Kassab e ficou bravo ao ser chamado de chuchu



Boa síntese do Rovai sobre o debate de ontem- 29/09- na Globo entre os candidatos ao governo de São Paulo.

Concordo que o debate foi muito chato, como quase tudo que a Globo faz, e não garantiu nem mesmo o padrão (técnico) Globo de qualidade. Regras rígidas que engessaram os candidatos, foram favoráveis a quem não tem nada para dizer, como o sonífero tucano verde Feldman e o repetitivo Bufalo.

O desempenho de Skaf, foi razoável, não fosse a incoerência do presidente da FIESP estar ,temporariamente, hospedado no Partido Socialista . Não combina de jeito nenhum.

O Russumano é franco atirador, já foi de quase todos os partidos brasileiros, exceto do PT e do PC doB, é claro. Mas bateu forte e pegou o "Chuchu" pela mentira e belo deboche.

O Mercadante poderia ter tido uma ótima participação se as regras do debate não tivessem evitado o confronto com o Alckimin. Era isto que realmente interessava aos eleitores, pois são os dois projetos de governo que devem ser confrontados e avalaidos. Deixou claro para o eleitor que Alckimin não quer debater projetos e propostas, quer apenas continuar com aquelas musiquinhas imbecilizantes da sua campanha. Mercadante centrou fogo na educação tendo que deixar de fora outros temas importantes como a segurança Pública , a saúde e o transporte em São Paulo que estão igualmente falidas.

O Alckimin se superou no quesito cinismo e estourador de sacos alheios.

Não dá para aguentar aquela cara de pastel de vento ( já que ele se ofendeu com o chuchu) repetindo feito um disco de vinil riscado que vai fazer isto e aquilo, o que não fizeram em 16 anos de PSDB em São Paulo.

Para quem mora em São Paulo, como eu, é revoltante ver Alckimin e Serra falar nas duas professoras em sala de aula, nas clínicas de recuperação de dependentes químicos, nas escolas de tempo integral e nas AMAS, coisas que ninguém nunca viu.

Mas ontem, no debate, ele se superou ao falar das "Vilas Dignidade" para a pessoas da terceira idade. Nunca em toda a minha vida neste estado de São Paulo vi ou ouvi alguém falar dessas tais "Vilas Dignidade".

Se algum jornalista, leitor do blog, ou vidente conhecer e saber onde se encontram as tais Vilas, por favor mandem o endereço para este blog, pois farei o possível e o impossível para internar todos os tucanos cínicos na Vila Dignidade, para ver se eles tomam jeito.







por Renato Rovai via O Escrevinhador
Escrevi este texto enquanto o debate transcorria, por isso ele está organizado por blocos. Ao fim, uma curta avaliação


Primeiro bloco
O primeiro bloco do debate entre governadores de São Paulo foi frio.
As duas melhores partes envolveram a participação de Mercadante, que tabelou com Skaf e Russomano.
Aproveitou pra falar de pedágios e de geração de empregos.
Alckmin foi indagado sobre políticas de funcionalismo público por Bufalo e deu aquela enrolada típica do tucanato.
Aliás, o tucano mais original do debate não é o Alckmin. E o Feldmann, o tucano verde.
E o destaque do primeiro bloco fica pra Marta Suplicy. Isso mesmo, Marta Suplicy. Ela está acompanhando Mercadante e tuitando. E mandou essa: Kassab dorme no auditório.


Segundo bloco
O amigo Bob Fernandes, do Portal Terra, comentou no tuiter que o debate estava amarrado. Foi bonzinho. Está chato.
As regras favoreceram Alckmin até agora.
Os candidatos puderam perguntar para os mesmos adversários nos dois blocos.
E Alckmin perguntou as duas vezes pra Skaf, fugindo de novo de Mercadante.
Foi assim em todos os debates.
Alckmin que desceu a lenha em Mercadante pelas publicidades gratuítas, não teve a dignidade de trocar uma pergunta sequer com o petista.
E contou com Fábio Feldmann para que isso acontecesse. Ele sempre perguntou pra Alckmin quando pôde. Isso impediu os outros de fazê-lo.
Mercadante ao fim acabou tabelando com Russomano. Trataram de segurança.
O destaque do bloco foi a frase do petista: “um policial em São Paulo ganha um pouco mais da metade do que um no Piauí e em Sergipe”.


Terceiro bloco


Nada de novo.
Alckmin fugiu de Mercadante de novo. E perguntou pra, pra, pra…Fábio Feldmann, o tucano verde.
Mas dessa vez Alckmin se explicou: “como o tema é agricultura, vou perguntar pro Feldmann, porque agricultura tem tudo a ver com meio ambiente”.
Mercadante reclamou de novo sobre a fuga do tucano. E disse que por isso o segundo turno é necessário. Para que possa haver debate de verdade.
O destaque do bloco foi o diálogo travado entre Celso Russomano e Alckmin.
Alckmin afirmou que São Paulo está crescendo acima da média nacional e que Franca é a cidade que mais gera emprego no Brasil.
Na volta, Russomano afirmou que “o estado de Alckmin parece o de Alice no País das Maravilhas”. E que Alckmin “repete números, porque de números ele é bom pra chuchu”.
Alckmin sabe números pra chuchu…chuchu?


Quarto bloco


Foi sem dúvida o mais animado. Principalmente porque o sinal da Globo caiu no meio da fala de Alckmin.
No tuiter, muita gente arriscou dizer que os tucanos iam culpar o PT pelo acontecido.
E que a Folha de hoje daria na capa: “Dilma é culpada por queda de sinal da Globo no debate de ontem”.
E não é que na volta do programa o Alckmin retomou sua intervenção dizendo que “o PT que quer controlar a mídia, agora quer controlar o que eu devo falar, pra quem eu devo perguntar”.
Ele se referia ao fato de Mercadante cobrá-lo por não ter feito uma única pergunta a ele. Mas parecia se referir a queda do sinal. Se não foi intencional, bem que pareceu.
Só faltou dizer que o único caso de censura no Brasil nesta eleição é o do Paraná, onde Beto Richa do PSDB está proibindo todos os veículos de imprensa de divulgarem pesquisas. Inclusive do Datafolha, o instituto mais tucano do Brasil.
Aliás, o tucano verde, Fábio Feldmann, deu um jeito de atacar o PT e a Dilma mesmo quando sua pergunta foi dirigida a Celso Russomano. Disse que a Petrobras não respeitava o meio ambiente etc e tal. E cobrou de Russomano “amor ao meio ambiente”. Disse que não queria mais promessas, mas provas de amor.
No tuiter, lembrei aos meus seguidores que na infãncia plantei um pé de abacateiro. Isso é prova de amor ao meio ambiente? Vale?
Nas considerações finais, todo mundo repetiu o que sempre disse em todos os outros debates. Nada de novo.
Avaliação
Não acho que algo vá mudar significativamente com esse debate, mas arriscaria dizer que ele pode ter garantido o segundo turno em São Paulo.
Principalmente porque Alckmin não foi bem. E afinou. Não enfrentou Mercadante.
Essa sua postura pode permitir que tanto Mercadante, quanto Skaf e Russomano roubem alguns votinhos dele.
Essa atitude dele pode ser bem explorada pela militância petista nos bate-papos de boteco, das feiras, das ruas.
Lula deixou de ganhar a última eleição no primeiro turno porque não foi ao debate da Globo. Alckmin mesmo indo, afinou. Isso pode levá-lo a enfrentar mais um mês de disputa.
O povo odeia quem parece não ter coragem.

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