20 de agosto de 2010

PT decide processar Serra por usar Lula em propaganda na TV


( nova espécime de ave rara com duas cabeças)




"De dia o Serra esculhamba o governo, o PT e os petistas. De noite bota o Lula no seu programa. Na minha terra o nome disso é 'deixa pra lá'".
José Eduardo Dutra no Twitter


O presidente do PT deixou prá lá, mas eu não vou deixar.
Essa atitude de Serra tem muitos nomes, dependendo dos regionalismos linguísticos deste vasto Brasil:
Pode ser:
Duas caras
Falsarrão
Mentiroso
Dissimulado
Oportunista
Sem caráter
Mas, a melhor definição que me ocorreu foi uma velha marchinha de carnaval do velho guerreiro Chacrinha que dizia:
"Maria sapatão, sapatão, sapatão,
de dia ela Maria
de noite ela é João"
Essa cai como uma luva para definir o caráter de José Serra.
De dia, durante todos os dias dos últimos 8 anos, chamava Lula de tudo e mais um pouco. De noite, na propraganda eleitoral, só falta declarar seu amor incondicional ao Lula.
È muita covardia, cara de pau e certeza de que o povo brasileiro é completamente estúpido.
Serra poderá ter uma grande surpresa nas urnas.
Até mesmo aqueles 4% que continuam odiando Lula, estão decepcionados com as duas caras de Serra.
Não me surprenderia que ao abrir as urnas Serra tivesse um único voto, o seu mesmo.
Pois até mesmo seus amigos e familiares devem estar em dúvida sobre o que é Serra realmente:
Maria ou João?


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Por: Fábio M. Michel, Rede Brasil Atual

Publicado em 20/08/2010, 11:45



São Paulo - O Partido dos Trabalhadores anunciou nesta sexta-feira (20) que vai entrar com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. No programa da noite do horário eleitoral na TV, o candidato oposicionista usou imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se promover.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, foi um dos primeiros a se manifestar, com ironia, sobre a tentativa de colar a imagem de Serra à de Lula, por meio do microblog Twitter. "De dia o Serra esculhamba o governo, o PT e os petistas. De noite bota o Lula no seu programa. Na minha terra o nome disso é 'deixa pra lá'".

Mais tarde, ele voltou a carga: "Do jeito que a coisa anda, o próximo programa do Serra vai mostrá-lo como o coordenador do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)", insistiu Dutra.

Até o aliado Roberto Jefferson (PTB), criticou a iniciativa, também pelo Twitter e postou que "perder uma eleição e decorrência da disputa. O que não podemos perder é a identidade." Esse risco seria maior ainda, segundo o ex-deputado, em um contexto em que Lula entra em evidência e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é escondido.

"Não tem oposição mais. Todos são filhos do Lula. E o Lula quer fazer do patriarcado dele um matriarcado para que todos passem a ser filhos de Dilma Rousseff", criticou Jefferson.

A blogosfera em geral também se manifestou, como o Tijolaço que classificou Serra de "cara de pau" e "sem limites".

Sem saída

Segundo a agência Reuters, fontes do PSDB afirmam que a tentativa de associação "veio para ficar". A estratégia seria mesmo a de apostar em colar Serra em Lula na tentativa de contrapor a participação intensiva do presidente na campanha para eleger Dilma.

A exploração da popularidade do presidente por um nome da oposição reforça a tese de que é personagem central de sua própria sucessão. Na peça publicitária apresentada na noite passada, ele e o tucano apareciam juntos em diferentes ocasiões, numa clara intenção de sugerir proximidade. Um locutor dizia: "Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes."

"Num primeiro momento, pode causar certa espécie, mas, na verdade, Serra é quem melhor pode continuar (o que Lula fez). O Lula deixou o país em uma determinada situação e não há ninguém melhor do que ele para avançar", disse à Reuters o senador Sérgio Guerra (PE), coordenador geral da campanha e presidente do PSDB.

Outro aliado, José Carlos Aleluia (DEM-BA), foi além. "O Lula não está concorrendo nesta eleição e Serra sempre teve com ele uma boa relação. Acho que o Serra agiu certo", defendeu o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). "Ficaria ruim se eu colocasse o presidente no meu programa, mas o Serra nunca hostilizou Lula. Não vejo problema."

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