( nova espécime de ave rara com duas cabeças)
"De dia o Serra esculhamba o governo, o PT e os petistas. De noite bota o Lula no seu programa. Na minha terra o nome disso é 'deixa pra lá'".
José Eduardo Dutra no TwitterO presidente do PT deixou prá lá, mas eu não vou deixar.
Essa atitude de Serra tem muitos nomes, dependendo dos regionalismos linguísticos deste vasto Brasil:
Pode ser:
Duas caras
Falsarrão
Mentiroso
Dissimulado
Oportunista
Sem caráter
Mas, a melhor definição que me ocorreu foi uma velha marchinha de carnaval do velho guerreiro Chacrinha que dizia:
"Maria sapatão, sapatão, sapatão,
de dia ela Maria
de noite ela é João"
Essa cai como uma luva para definir o caráter de José Serra.
De dia, durante todos os dias dos últimos 8 anos, chamava Lula de tudo e mais um pouco. De noite, na propraganda eleitoral, só falta declarar seu amor incondicional ao Lula.
È muita covardia, cara de pau e certeza de que o povo brasileiro é completamente estúpido.
Serra poderá ter uma grande surpresa nas urnas.
Até mesmo aqueles 4% que continuam odiando Lula, estão decepcionados com as duas caras de Serra.
Não me surprenderia que ao abrir as urnas Serra tivesse um único voto, o seu mesmo.
Pois até mesmo seus amigos e familiares devem estar em dúvida sobre o que é Serra realmente:
Maria ou João?
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Por: Fábio M. Michel, Rede Brasil Atual
Publicado em 20/08/2010, 11:45
São Paulo - O Partido dos Trabalhadores anunciou nesta sexta-feira (20) que vai entrar com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. No programa da noite do horário eleitoral na TV, o candidato oposicionista usou imagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se promover.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, foi um dos primeiros a se manifestar, com ironia, sobre a tentativa de colar a imagem de Serra à de Lula, por meio do microblog Twitter. "De dia o Serra esculhamba o governo, o PT e os petistas. De noite bota o Lula no seu programa. Na minha terra o nome disso é 'deixa pra lá'".
Mais tarde, ele voltou a carga: "Do jeito que a coisa anda, o próximo programa do Serra vai mostrá-lo como o coordenador do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)", insistiu Dutra.
Até o aliado Roberto Jefferson (PTB), criticou a iniciativa, também pelo Twitter e postou que "perder uma eleição e decorrência da disputa. O que não podemos perder é a identidade." Esse risco seria maior ainda, segundo o ex-deputado, em um contexto em que Lula entra em evidência e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) é escondido.
"Não tem oposição mais. Todos são filhos do Lula. E o Lula quer fazer do patriarcado dele um matriarcado para que todos passem a ser filhos de Dilma Rousseff", criticou Jefferson.
A blogosfera em geral também se manifestou, como o Tijolaço que classificou Serra de "cara de pau" e "sem limites".
Sem saída
Segundo a agência Reuters, fontes do PSDB afirmam que a tentativa de associação "veio para ficar". A estratégia seria mesmo a de apostar em colar Serra em Lula na tentativa de contrapor a participação intensiva do presidente na campanha para eleger Dilma.
A exploração da popularidade do presidente por um nome da oposição reforça a tese de que é personagem central de sua própria sucessão. Na peça publicitária apresentada na noite passada, ele e o tucano apareciam juntos em diferentes ocasiões, numa clara intenção de sugerir proximidade. Um locutor dizia: "Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes."
"Num primeiro momento, pode causar certa espécie, mas, na verdade, Serra é quem melhor pode continuar (o que Lula fez). O Lula deixou o país em uma determinada situação e não há ninguém melhor do que ele para avançar", disse à Reuters o senador Sérgio Guerra (PE), coordenador geral da campanha e presidente do PSDB.
Outro aliado, José Carlos Aleluia (DEM-BA), foi além. "O Lula não está concorrendo nesta eleição e Serra sempre teve com ele uma boa relação. Acho que o Serra agiu certo", defendeu o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). "Ficaria ruim se eu colocasse o presidente no meu programa, mas o Serra nunca hostilizou Lula. Não vejo problema."
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