17 de março de 2010

Valor Econômico

Manchete: Companhias de energia limpa chegam à Bolsa


As empresas de energias renováveis vão estrear no mercado de capitais. Três grupos que venceram os últimos leilões do governo federal, e se comprometeram a investir cerca de R$ 5 bilhões nos próximos três anos, buscam recursos para financiar seus projetos.

A Venti, sediada em Luxemburgo e dona da empresa argentina Impsa, e as brasileiras Renova Energia e Multiner têm em comum o fato de ser pré-operacionais e planejar crescer em geração eólica.

As ofertas públicas iniciais (IPOs) já estão registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Em estágio mais avançado está a dos certificados de ações da Renova, que encerrou ontem o período de reserva aos investidores interessados em comprar seus papéis. Com o compromisso de investir R$ 1 bilhão para erguer 14 parques eólicos capazes de gerar 270 megawatts, a empresa servirá como teste do apetite dos investidores a esse tipo de oferta. (págs. 1 e D1)

Remédios vão ter selo e 'RG'


Até o primeiro semestre de 2011, as mais de 2 bilhões de caixinhas de remédio consumidas por ano no país deverão ter um selo de autenticidade - uma etiqueta fixada na embalagem parecida com a usada nos maços de cigarro e nas garrafas de uísque. A medida vale para todos os tipos de medicamentos, de um simples antiácido a remédios de alta complexidade.

Com o sistema, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quer endurecer o combate ao contrabando e à falsificação. A tecnologia permitirá que a agência rastreie cada caixinha de remédio, checando sua autenticidade e o caminho percorrido, desde a produção até chegar ao consumidor - uma espécie de "RG" do remédio, com dados sobre seu fabricante, distribuidor e logística.

A Casa da Moeda será responsável pela fabricação dos selos. Em cada um deles será inserido um código de 13 dígitos, com impressão bidimensional. A etiqueta é inutilizada em qualquer tentativa de remoção. Para guardar e gerenciar os dados coletados por leitores manuais, a indústria vai criar um consórcio independente, que será fiscalizado pela Anvisa. (págs. 1 e B1)

Steel prepara capitalização de US$ 800 mi


Em dois meses, a Steel do Brasil Participações, de origem alemã e controlada pelo fundo Metropolis Capital Markets, pretende concluir uma capitalização de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões para seu plano de instalação de dois grandes projetos de produção de minério de ferro no Brasil. A empresa acaba de fazer sua primeira compra no país: 70% do capital da Mhag. O valor da aquisição pode chegar a US$ 600 milhões, disse ao Valor o presidente da companhia, Juarez Saliba de Avelar. (págs. 1 e B6)

Aécio ajudou a salvar Lula do impeachment, diz Ciro


O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), foi um dos responsáveis pelo desmonte de uma estratégia que teria sido articulada em 2005 na CPI dos Correios, quando a oposição investigava as denúncias do mensalão. Com origem no PSDB de São Paulo, a articulação visava o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo o deputado Ciro Gomes, pré-candidato a presidente pelo PSB e à época ministro do Desenvolvimento Regional. Ciro afirma que é candidato porque quer debater a erosão das contas externas no segundo mandato de Lula. Ele acusa o governador de São Paulo, José Serra, de estar ausente dessa discussão por "oportunismo eleitoral". Ciro aponta "figuras tenebrosas" abrigadas no PMDB, que reproduzem a coalizão patrimonialista herdada do governo anterior. (págs. 1 e A14)

SP e ES fecham acordo sobre ICMS


Os governos do Espírito Santo e de São Paulo firmaram acordo para acabar com a disputa pelo ICMS cobrado na importação de mercadorias, por ordem de empresas paulistas, através do porto de Vitória. O acerto prevê que serão editados projetos de lei para que seja pago ao Estado sede da trading o ICMS que incide em importações contratadas até o dia 20 de março do ano passado e desembaraçadas até 31 de maio de 2009. (págs. 1 e A2)

Eficiência energética


Plano Nacional de Eficiência Energética, que deve ser divulgado em abril, prevê redução gradual de consumo até 2030 e incentivos fiscais à cadeia energética. (págs. 1 e A4)

Europa volta às privatizações


Na esteira do plano português para redução do déficit público, investidores e bancos esperam nova onda de privatizações na Europa. (págs.1 e A11)

Luta pela simplificação


Legislação complexa e excesso de exigências burocráticas atravancam o ambiente de negócios no Brasil. "O Estado ainda é autoritário e centralizador. Trata o cidadão como súdito e não o dono do país", diz Piquet Carneiro. (pág. 1)



Negócios do petróleo


A Lupatech fechou contrato de três anos com a Petrobras para fornecimento de revestimento de fibra de vidro para tubos utilizados na exploração de petróleo. (págs. 1 e B6)

Expectativas exportadoras


Restrições argentinas à exportação de carne podem abrir espaço ao produto brasileiro. A União Europeia também estaria disposta a afrouxar o controle das fazendas aptas a exportar. (págs. 1 e B12)

Renda fixa


Emissões de debêntures e notas promissórias no ano já somam R$ 5,3 bilhões, quase o dobra do total no mesmo período de 2009 e maior valor desde 2006. (págs. 1 e C1)

Ideias


Mansueto Almeida Samuel Pessoa: pouco espaço para reduzir gasto público com combate ao desperdício. (págs.1 e A13)

Ideias


Cristiano Romero: crise no balanço de pagamentos é improvável. (págs. 1 e A2)

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