OS ANTAS-OLÓGICOS
Laerte Braga
Obama
não é, certamente. Pelo contrário. ANTAS-OLÓGICAS lembram aqueles nerds
norte-americanos que entendem de tudo desde que haja um gibi do Superman por
perto.No caso específico do Brasil é padrão é o filho de Eike Batista, Thor
Batista. Deve se imaginar o próprio deus nórdico e seu martelo. Uma Ferrari (+a),
martelo hoje para esse tipo de gente é outra coisa.
Podem
ser o filho de Eike, ou os pistoleiros e policiais militares que assassinam
camponeses em nome do “progresso” e do aumento da produtividade dos
transgênicos, seguido de desmatamento.
Aécio
Neves é anta-ológico. Se for solto no centro de Belo Horizonte e não tiver um
guia não chega em casa. Não conhece a capital mineira. Numa solenidade de entrega da medalha da
Inconfidência, em Ouro Preto, em 2010, mais de um jornalista ouviu a governanta
Andréa Neves dizer alto e bom som que “se eu não tomar conta dos negócios o
Aecinho joga tudo fora”.
Isso
tem um reflexo largo no todo da sociedade. Por exemplo, o filho de um criminoso
no Espírito Santo, solto por vários habeas corpus suspeitos, que escreve
descansar assim “descançar”, quando acuado, os neurônios já atingidos pelas
drogas, proclama que está cheio de “fartos documentos para prova”. Passou no
vestibular da faculdade do pai.
Vai
esperar o correr do tempo para pegar o diploma e pronto.
José
Serra é mais que anta-ológico, é mistura de anta com crocodilo e cascavel, um
tipo de ornitorrinco diferente dos anta-ológicos normais. Darwin não teve tempo
de descrevê-los, ateve-se a Galápagos principalmente e concentrou-se nos ditos
irracionais. Não percebeu os dito “racionais”.
Gilmar
Mendes, por exemplo, não é anta-ológico, pelo contrário, é espertíssimo,
escreve corretamente e dá nó em pingo d’água.
O
capitalismo tem um trem engraçado. Obesas não gostam de sair às ruas com receio
de serem vistas como carta fora do baralho. Aí abraçam causas tipo piedade e
salvem as bandeiras não importa do que seja, ou de quem sejam.
Um
tipo da blogueira cubana que está circulando pela País ao estilo Susane Labin,
amiga Carlos Lacerda e veio testemunhar, antes de 1964 que comunistas assavam e
comiam crianças e matavam velhos. Crianças hoje morrem à míngua na África,
velhos nas filhas da saúde pública.
Foi
quando descobriram a bi-polaridade.
O
último tipo de anta-ológico que conheci refugia-se no dinheiro do papai, não
tem quase mais neurônios, mas tem “fartos documentos”, de que ninguém sabe. É
outra mania, têm provas de tudo que ao final não provam coisa alguma até porque
não provam nada que não seja a “nerdice”, digamos assim.
Pior,
aos sábados e domingos têm mania de entender de carne para o churrasco melhor
que gaúcho.
Os
antas-ológicos são a mais ampla e nefasta ameaça a espécie humana, porque
reproduzidos em série pelo capitalismo via tevê, mídia de mercado e acreditam
piamento que o carro tem que dormir na cama ao seu lado e a mulher na garagem.
São machistas.
Se
um anta-ológico sai numa coluna social como benfeitor de qualquer coisa, recorta
edições e mais edições do jornal, espalha pelo seu círculo inteiro e se coloca
num altar de barro na expectativa que as pessoas se ajoelhem e digam Manitu,
Manitu
.
Nem
todo anta-ológico é mau caráter, evidente. Mas boa parte resvala para esse
caminho e de um modo geral são edipianos. Se atrelam às mães como se amantes
fossem.
O
risco é oferecer uma mamadeira e depois uma chupeta. Pegam de primeira.
Álvaro
Dias e um anta-ológico que evoluiu para a peruca. Sérgio Cabral já preferiu
evoluir para Luciano Huck e evoluir aqui é modo de dizer, no duro mesmo é
involução. Geraldo Alckimin para a OPUS DEI e vai por aí
afora.
Quando
Guilherme Figueiredo escreveu o TRATADO GERAL DOS CHATOS estava tratando de uma
significativa parcela de antas-ológicos. Hoje está de tal ordem disseminada a “categoria”
que a turma dos documentos fartos e do “descançar” ameaça tomar conta do
mercado. Planeta dos Macacos na certa.
Nesse
caso estaremos sob a égide de uma legião de Bush e de especialistas em churrascos
e fartos documentos.
E
haja saco! Por serem o que são, na regra geral são covardes.
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