8 de setembro de 2012

Trânsito não ajuda quem cedo madruga #CaosemSP



Trânsito não ajuda quem cedo madruga #CaosemSP

O paulistano tem acordado mais cedo para conseguir chegar ao trabalho no horário. Levantamento feito pelo site de mapas, rotas e de monitoramento de trânsito Maplink revela que, proporcionalmente, a lentidão no trânsito entre 5h e 6h, período que antecede o pico da manhã, aumentou mais do que durante o horário do rodízio de veículos matutino, das 7h às 10h. A comparação foi feita entre agosto de 2011 e 2012.
O DIÁRIO percorreu a Radial Leste, uma das principais vias ligações da Zona Leste da capital, no final da madrugada desta terça-feira, e constatou que há focos de lentidão em direção ao Centro antes mesmo das 6h.
Segundo levantamento do Maplink, nos dias úteis, os índices de trânsito lento entre 5h e 6h aumentaram 10,7%, passando de 28 quilômetros em agosto 2011 para 31 quilômetros no mesmo mês deste ano.
Durante o horário do rodízio municipal de veículos, a lentidão no tráfego subiu de 6,3% entre agosto do ano passado e deste ano. O congestionamento medido pelo Maplink passou  de 157 quilômetros para 167 quilômetros.
O aumento maior no horário pré-pico ocorre se também forem considerados feriados e finais de semana: a média passou de 26 quilômetros em 2011 para 28 quilômetros neste ano, um crescimento de 7,7%.
A média de tráfego parado das 7h às 10h, quando considerados todos os dias do mês, subiu de 132 quilômetros em agosto de 2011 para 139 quilômetros neste ano, um crescimento de 5,3%.
VIAGEM DIÁRIA/ O engenheiro de suporte Denis Passos, de 29 anos, tem de sair pouco antes das 6h de casa, na Vila Formosa, Zona Leste, para chegar às 9h em seu trabalho, no Morumbi, Zona Oeste da capital. “Se eu atraso 10 minutos faz uma diferença enorme. O volume de trânsito muda completamente”, afirma.
“A viagem até o trabalho é tão longa e demorada que passei a trabalhar dois dias por semana em casa”, diz Denis.
Para o diretor do Maplink, Eduardo Hohagen, uma solução para amenizar ao menos parte do problema de trânsito na cidade seria a flexibilização da jornada de trabalho. “É preciso analisar se todos realmente precisam trabalhar das 8h às 17h ou das 9h às 18h”, disse.
Eduardo cita o exemplo de empresas de tecnologia, onde desenvolvedores de conteúdo, funcionários da área comercial e o setor financeiro podem ter horários distintos.
Cai violência com operação nas pontes
O alargamento do horário de pico significa mais gente circulando sem a luz do dia, o que em tese favorece a ação de ladrões. Levantamento da Polícia Militar mostra uma queda na violência nas marginais Tietê e Pinheiros.
Foram três paulistanos assaltados, em média, por dia entre janeiro e junho deste ano. O total de 647 vítimas é 13,8% menor do que o do mesmo período do ano passado.
Dados da 3ª Companhia do 2º Batalhão dizem que desde julho de 2011, data do início da Operação das Marginais, os índices criminais caíram. Houve redução de 21% nos roubos a pedestres e 9% nos ataques a motoristas. Nos estabelecimentos comerciais e nas casas, a diminuição foi de 46%, além de 143 detenções em flagrante.
A operação ainda ganhou reforço no mês passado de homens da Tropa de Choque, que passaram a patrulhar as vias com cavalos, motos e viaturas.
Um helicóptero faz sobrevoos para evitar roubos nos horários de pico. Além de motos, viaturas e de policiais, duas bases móveis ficam ao lado da Favela Real Parque, na Zona Sul, e no Viaduto Imigrante Nordestino, Zona Leste.

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