9 de março de 2012

Tio Sam vetou Cuba na Cúpula das Américas


Tio Sam vetou Cuba na Cúpula das Américas
Publicado em 09-Mar-2012 no blog do Zé Dirceu
ImageOs Estados Unidos conseguiram vetar a participação de Cuba na Cúpula das Américas. O evento que reúne 34 lideranças do continente está programado para os 14 e 15 de abril em Cartágena, na Colômbia. Coube ao presidente colombiano Juan Manuel Santos anunciar a Havana o veredicto norte-americano. A saia justa ficou mais do que evidente. O colombiano alegou ao presidente da Ilha, Raúl Castro, uma suposta falta de consenso entre os países para a inclusão de Cuba ao encontro.

"Manifestamos ao presidente [Rui] Castro que apreciamos seu desejo de fazer parte dessa reunião, mas que, por não termos alcançado um consenso entre os países do hemisfério, é muito difícil poder convidá-lo", afirmou Santos após o encontro.

Falta de consenso?

Claro, a notícia, aqui, é outra... O único país que se opõe à presença de Cuba nesta reunião tem nome: Estados Unidos. Nenhum outro se opõe. Aliás, houve um movimento por parte dos países da Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (ALBA), composta pela Vezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, entre outros, para que a Ilha estivesse presente na reunião de cúpula dos chefes de estado das Américas.

Daí a certeira conclusão do chanceler cubano Bruno Rodríguez: "Esse tipo de evento só serve para que os EUA exerçam sua dominação sobre os países da área". Rodríguez, ainda, avaliou o veto à participação cubana como "a crônica de uma exclusão anunciada".

É bom lembrar que o veto à presença de Cuba na Cúpula das Américas obedece a mesma lógica do bloqueio econômico à Ilha que, reafirmado pelo governo Obama, já dura meio século e foi responsável por perdas aos cubanos próximas a US$ 1 trilhão (leia mais(http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/19719/bloqueio+dos+eua+causou+prejuizo+superior+a+us%24+1+trilhao+diz+cuba+.shtml). Trata-se de uma longa e cruel sabotagem econômica e política. Algo completamente descabido, ainda mais agora, quando a Ilha passa por reformas importantes e libera suas forças produtivas, abrindo-se para as inversões externas e modernizando sua infraestrutura.

Seja o primeiro a comentar!