29 de dezembro de 2011

Heliogábalo e Heliogábalo (?)

Mas por que estou pensando em Heliogábalo, quando na verdade quero mesmo é falar de corrupção. Confesso que nem eu sei. Afinal que foi mesmo Heliogábalo? Foi um menino, nascido na Síria, que aos quatorze anos foi elevado ao trono de Roma. Era homossexual - que não é defeito de caráter, nem falta de capacidade de administrar, afinal, Ricardo Coração de Leão também era homossexual e foi um grande rei inglês - mas, exatamente essa característica de sua personalidade causou "muita vergonha" na moralista sociedade romana. Convenhamos que ele era um tanto exótico; vestia-se de mulher e cultuava  "El Gabel", um deus sírio que era estranho aos romanos, de onde veio seu apelido. Sabe-se lá porquê, Heliogábalo entrou para a História como "o imperador corrupto", embora ninguém tenha provado que ele tinha contas em paraísos  fiscais. "Escandalizados" os soldados o assassinaram quatro anos depois..

Mas vamos à corrupção ( não pensem mal de mim, por favor!): a  humanidade traz a corrupção na sua origem. Até na Bíblia, no livro de Gênesis, que serve a judeus e a cristãos, ela é descrita. - Eva e Adão se deixaram enganar pela serpente, não é mesmo? Por isso, somos obrigados a ganhar o pão com o suor do nosso rosto. Se vivemos assim honestamente não podemos ser chamados de corruptos, mas de sofredores. Ganhar o pão honestamente é difícil demais. Não  concordam? Um certo Marx e seu amigo Engels entenderam muito bem esse sofrimento. O interessante, pelo menos pra mim,  é que há relatos de que houve corrupção em muitos governos e em quase todo o período da História. Até Luís - o piedoso - é chamado de corrupto. Que piedade é essa? Não sei, mas é provável que muitos desses "corruptos' sofreram com os ataques da "vejas", "folhas" e "globos" de suas épocas. Ou seja, foram acusados sem provas. É provável. Melhor dizendo: é possível.

O interessante dessa ligação que fiz sem querer de Heliogábalo e a corrupção, é que ela faz um curioso sentido com o que está se passando em um país distante, "d'além mar", como dizem os portugueses. Mas, lá quem é acusado de corrupção por um jornalista, nunca se vestiu de mulher, mas, ardilosamente colocou a filha à frente de suas supostas tramoias. Ainda bem.  

"Como assim, ainda bem"?...Você, leitor, se pergunta. Ora, por que se o tal acusado ainda por cima se vestisse de mulher seria a visão do inferno. Elementar, meu caro.

Seja o primeiro a comentar!