Não dá para entender os críticos da redução dos juros. Tudo o que pediram o governo fez: ajuste fiscal de R$ 60 bilhões, medidas drásticas de restrições ao crédito, além de medidas prudenciais. Essas últimas, por sinal, surtiram efeito imediato - tanto na queda da expansão do crédito quanto na desaceleração da economia.
O governo fez tudo isso sem deixar de defender nossa economia e de estimular o aumento de sua produtividade e competitividade. Exemplos nesse sentido são o Plano Brasil Maior, as ampliações de benefícios implícitas no Super Simples para as pequenas e médias empresas, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC).
Quem se deu ao trabalho de ler as principais publicações do país deparou-se com manchetes e títulos como: "Mercado critica BC por decisão de cortar juros"; "Derivativo da Fazenda"; "Pelo COPOM responde o COPOM"; "Mercado teme ingerência política no BC"; "Crediblidade do BC está em xeque"; "Mudanças tão radicais só nas crises de 97 e 99"; "Tombini: credibilidade em xeque"; "Ninguém no mercado previu corte de 0,5 ponto percentual"; "A Decisão do BC foi precipitada".
Lágrimas de crocodilo
A decisão do BC, na prática, é decorrente das medidas já adotadas pelo governo. Aliás, como pediam os críticos e os jornais em artigos e editoriais, dando voz à opinião e à pressão do chamado “mercado”. Acontece que, desta vez, o BC os surpreendeu e seus clientes perderam e muito em suas apostas na manutenção ou no aumento da taxa Selic.
O que estamos assistindo agora com essas manchetes e declarações a respeito da perda de independência ou da autonomia do BC é o choro dos perdedores e dos que sempre pressionaram o BC a aumentar os juros. São maus perdedores que derramam lágrimas de crocodilo. Reproduzi aqui algumas das manchetes - encontradas hoje nas principais publicações do país, que representam
Apesar dos que choram, o governo e o país não podem assistir sem reagir a escalada de medidas dos Estados Unidos. Elas prenunciam uma nova onda de liquidez, que se somará ao já esperado baixo crescimento mundial. Em função de tudo isso, faz todo o sentido a decisão do Banco Central (BC) brasileiro de reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto percentual.
Foto: Wikipedia/U.S. Fish and Wildlife Service.
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