7 de julho de 2011

Piada de Rafinha sobre estupro vira caso de polícia

Piada de Rafinha sobre estupro vira caso de polícia

Piada de Rafinha sobre estupro vira caso de políciaFoto: DIVULGAÇÃO

HUMORISTA PODE SER INVESTIGADO POR INCITAÇÃO AO CRIME. O MOTIVO É A PIADA DE MAU GOSTO EM QUE ELE AFIRMA QUE MULHERES ESTUPRADAS DEVERIAM AGRADECER POR TEREM SIDO VIOLENTADAS

07 de Julho de 2011 às 17:11

Fernando Porfírio_247 – Uma piada de mau gosto levou a promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar da Capital, a pedir ao delegado diretor do Departamento de Polícia Judiciária de Capital (DECAP), Carlos José Paschoal de Toledo, a abertura de inquérito policial contra o humorista e apresentador do CQC, Rafinha Bastos.

O inquérito quer apurar a prática de incitação ao crime e de apologia de crime em razão de supostas afirmações do humorista sobre o crime de estupro tanto em apresentações no Clube de Comédia como em entrevista publicada na edição de maio da revista Rolling Stone.

No ofício, a promotora destaca que o humorista compara publicamente o estupro a “uma oportunidade” para determinadas mulheres e o estuprador a um benfeitor, digno de “um abraço”.

“O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado”, afirma a promotora de justiça. “Dessa forma, imperiosa a instauração de inquérito policial para a apuração dos fatos”, completa.

“Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço”, disse o humorista em seu show de comédia stand-up e reproduzido na revista Rolling Stone.

A polêmica deu notoriedade ao humorista. O jornal norte-americano the New York Times apontou o apresentador como homem mais influente na rede do Twitter.

A requisição de instauração de inquérito é resultado de representação feita à Promotoria de Justiça pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Thais Helena Costa Nader.

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