Núcleo de Preservação da Memória Política
e
Memorial da Resistência
convidam para o próximo
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Memorial da Resistência
convidam para o próximo
SÁBADO RESISTENTE
Teatro e Resistência Política
Ontem e Hoje
Homenagem a Heleny Guariba
40 anos dos seu desaparecimento
70 anos do seu nascimento
Sábado
2 de julho de 2011
das 14h00 às 17h30
2 de julho de 2011
das 14h00 às 17h30
No Memorial da Resistência
Largo General Osório 66, 5ºandar
Luz
Desde antes do golpe civil-militar de 1964, artistas, estudantes e intelectuais, unidos pelo objetivo de transformar o Brasil a partir da ação cultural, atuavam no CPC – Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes que, inspirado no pernambucano Movimento de Cultura Popular de Miguel Arraes, levou à população diversas manifestações artísticasvisando conscientizar as classes trabalhadoras a lutar pelas reformas de base e pela revolução social. Um dos principais nomes deste movimento foi Oduvaldo Vianna Filho que, com sua obra "A mais-valia vai acabar, seu Edgar", encenada no Teatro Jovem do Rio de Janeiro em 1962, dá início ao que se chamou o teatro político de resistência.
Com o golpe de 1964 e o incêndio provocado no prédio da União Nacional de Estudantes, o CPC é intensamente reprimido e dá lugar a um movimento teatral de oposição ao regime. Um conjunto de dramaturgos, entre eles Gianfrancesco Guarnieri, Carlos Estevam, Chico de Assis e Augusto Boal redigem textos que enfocam a repressão política, o papel da censura, o arrocho salarial, o milagre econômico, a supressão da liberdade, muitas vezes apelando para episódios históricos ou situações simbólicas e alegóricas.
A partir de 1969, com o Ato Institucional nº 5, a repressão e a censura ficam mais acirradas. Muitas peças são proibidas ou mutiladas. O espírito de resistência e denúncia vai unir, a partir de então, a classe teatral em assembléias, ciclos de leituras dramáticas e outras atividades.
Com a redemocratização do país em 1985, os textos políticos começam a abordar temas como a desigualdade social, a pobreza, as injustiças e a mercantilização do teatro.
O teatro de resistência continua até hoje e inúmeros grupos de jovens são os herdeiros dos combativos artistas dos anos da ditadura. Nesse Sábado Resistente, será abordado o papel que o teatro tem na conscientização dos valores ao respeito aos Direitos Humanos e aos Princípios Democráticos.
Também será feita uma homenagem à inesquecível companheira e diretora de teatro Heleny Ferreira Telles Guariba. Formada pela Universidade de São Paulo, fez inúmeros cursos de teatro na Europa, tendo regressado ao país em 1967 para dirigir o grupo de teatro de Santo André. Presa em março de
1970, foi solta um ano depois, por falta de provas contra ela. Quando se preparava para prosseguir na Europa sua carreira teatral, Heleny foi novamente presa e, desde então, está desaparecida. Segundo testemunhos de companheiros de prisão, entre elas Inês Etienne Romeu, ela foi vista pela última vez em julho de 1971, na famosa casa da morte de Petrópolis.
Para esta homenagem contaremos com a colaboração de atores e atrizes do Núcleo Teatral do 184 que, dirigido por Dulce Muniz, encenarão alguns trechos da obra "Heleny, Heleny Doce Colibri", escrita pela própria Dulce e levada ao teatro no ano de 2006, ficando um ano em cartaz.
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