11 de julho de 2011

A imprensa, essa pantera.

Eu não sabia quem era Dominique Strauss-Kahn. Só soube da existência dele depois que as TV's mostraram a sua prisão nos EUA, sob a acusação de ter estuprado uma camareira. Aí eu soube que era banqueiro (detesto banqueiros, esses reis da usura!), diretor do FMI e era o nome mais citado nas pesquisas para ser presidente da França. Ao ouvir este último comentário do repórter não pude controlar minhas dúvidas quanto à prisão do Strauss-Kahn, apesar de não gostar dele.

Ainda está nítida na minha memória a expressão de nojo, característica dos nascidos na terra do Asterix quando se sentem encurralados, que ele fazia frente às cãmeras. "Esses gauleses...", pensei. A imprensa de esquerda (se é que isso existe) o condenou - mas isso era de se esperar, porque a dita imprensa de esquerda costuma agir com uma burrice assustadora- e a imprensa de direita, que faz um esforço sobre-humano para parecer simpática ao cidadã comum, condenou o francês sumariamente, tanto que o ataque de moralismo do Jabor me comoveu. Colocaram uma mulher com um rigido código de ética, -coisa que qualquer banqueiro desconhece -á frente do famigerado FMI. "Enfim, o Strauss -Kahn e sua empáfia gaulesa está ferrado", pensei.

Mas, qual o quê!... de repente descobriram que a camareira havia cometido perjúrio e que o gaulês podia ser inocente, que podia ter caído numa armadilha... E só. Nada falaram de Sarkozy, seu rival na política. E o caso ganhou outro rumo. Melhor dizendo: não ganhou rumo nenhum, porque a imprensa, essa pantera, passou a fingir que não sabia de nada.

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