Ex-presidentes do Brasil e de Gana são premiados por esforços no combate à fome e à pobreza
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e John Agyekum Kufuor, de Gana, receberam hoje (21) o Prêmio Food World 2011, em cerimônia no Departamento de Estado norte-americano, em Washington, nos Estados Unidos. Ambos foram escolhidos pelos esforços feitos durante seus governos para executar políticas públicas de combate à fome e à pobreza.
Em 1986, o World Food Prize foi criado por Norman E. Borlaug, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1970. Desde então, premia pessoas que buscam melhorar a qualidade de vida no mundo a partir da distribuição de alimentos. Já foram premiados cidadãos de Bangladesh, do Brasil, da China, de Cuba, da Dinamarca, da Etiópia, da Índia, do México, de Serra Leoa, da Suíça, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
Gana se tornou o primeiro país da Região Subsaariana da África a reduzir pela metade a proporção de pessoas que passava fome no país. Segundo dados oficiais, em Gana, a taxa de pobreza foi reduzida de 51,7%, em 1991, para 26,5%, em 2008. A taxa de pessoas que passava fome caiu de 34%, em 1990, para menos de 9%, em 2004.
"O [ex-] presidente Kufuor e o [ex-] presidente Lula da Silva definiram um poderoso exemplo para outros líderes políticos do mundo", disse o presidente do Prêmio Food World, o embaixador Kenneth M. Quinn. "Graças ao seu empenho pessoal e à liderança visionária, Gana e o Brasil estão a caminho de ultrapassar o Objetivo do Milênio 1, que é reduzir à metade a fome extrema antes de 2015."
Lula, de acordo com as informações do prêmio, determinou que mais de dez ministérios se concentrassem nos programas de transferência de renda capitaneados pelo Fome Zero, permitindo que mais pessoas tivessem acesso à alimentação.
O ex-presidente foi elogiado também pelo estímulo à agricultura familiar e aos projetos de educação para crianças. Pelos dados oficiais, o Brasil reduziu de 12% a faixa de pessoas vivendo em condições de extrema pobreza , em 2003, para 4,8%, em 2009.
Edição: Lana Cristina
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