22 de junho de 2011

Eu e meu tempo (em nota rápida)


Pra quem não me conhece, sou Erasmo de Roterdam, padre, teólogo, escritor, amigo pessoal de Thomas Morus, para quem escrevi meu livro mais conhecido: O Elogio da Loucura. Eu vi meu amigo ser decapitado por ordem de um tirano adúltero. Isso me doeu. Vi tanta estupidez que eu precisaria do gênio de um Dante para descrevê-las. Há tanta loucura na história da humanidade que penso às vezes que Deus é um grande debochado. Só pode.

Entre essas loucuras, e afirmo isso sem pejo, a que mais me assustou foi assistir ao surgimento das igrejas luteranas ou "protestantes". Vocês, homens e mulheres do século XXI, não têm consciência das expressões horrendas de fúria que os membros dessas seitas saíam de cada reunião. E pior, quantas obras de arte eles quebraram por toda a Europa sob o pretexto de que não cultuavam imagens. Leiam Kenneth Clark, pois ele dá uma noção melhor do que lhes falo.

Agora vejo que uma Igreja Pentecostal cobra dízimo e, se não receber, leva o devedor a um foro de cobrança. Deus deve estar gargalhando. Mas eu não sei se choro ou se rio.


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