Convocação de Palocci na Câmara: o teatro midiático da oposição

Convocação de Palocci na Câmara: o teatro midiático da oposição


Gol de mão, abaixar a rede para cortar, usar uma escada para fazer uma cesta, apostar sabendo o resultado, disputar corrida contra uma tartaruga manca...enfim, para a oposição o circo que se montou na Câmara dos Deputados hoje valia tudo e tinha um único propósito: repercutir, usando de todos os artifícios, uma nova derrota do governo no Congresso, nem que para isso fosse válido tudo o que foi citado no início desse texto.


A convocação, em condições normais, não ocorreria, foi preciso usar de artimanhas "nada regimentais" para criar mais um fato, amplamente disseminado, para acuar o governo frente a opinião pública e criar confusões na articulação politica. Conforme afirmou Onyx Lorenzoni, do quase extinto DEM, a base do governo "comeu mosca".

Um pedrada da oposição para acertar "dois coelhos": Palocci e a articulação política do governo.

Luiz Sérgio parece correr mais riscos que o Palocci no momento.

No final das contas o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, PT/RS, suspendeu a convocação até a próxima terça-feira, sob os seguintes argumentos: "Vou suspender a decisão tomada pela comissão para que eu possa olhar os vídeos que foram produzidos, escutar e ouvir o presidente Lira Maia (da Comissão de Agricultura), para que nós possamos tomar conhecimento das notas taquigráficas, para que se possa ouvir as gravações, ouvir os deputados da comissão. Tomarei a decisão final sobre essa questão de ordem na próxima terça-feira", disse. "A decisão da comissão não poderá surtir efeitos".

O que a oposição, infiéis da base do governo e imprensa queriam já tinha sido produzido: um fato novo, mesmo que criado de maneira "nada regimental", para que os senadores do PSDB e DEM pudessem comprar pizzas e embalá-las com o nome de Palocci e serem fotografados e filmados a tempo de passar constar da edição do Jornal Nacional. O resto foi cena, sabe-se que o governo pode barrar a convocação do ministro, mas não pode impedir o "teatro midiático dos adversários".

Com informações do Terra via palavrasdiversas.blogspot.com