1968 - A sexta-feira sangrenta
A capital francesa ficou dividida em dois campos, quando cerca de 20 mil estudantes enfrentaram outros milhares de policiais que lhes barraram o caminho até a Sorbonne, a famosa universidade parisiense. Os universitários armaram grandes barricadas com automóveis virados para impedir o avanço policial. Foram arrancados paralelepípedos das ruas, grades das árvores e postes de sinalização para se proteger da polícia.
No meio da batalha dezenas de automóveis ardiam e a atmosfera estava cheia de fumaça e gás lacrimogêneo. Os policiais atacavam as barricadas e os estudantes se defendiam, recuando passo a passo, mas sem fugir.
A crise estudantil, que provocou 367 feridos e 468 prisões na "noite sangrenta" de sexta-feira, englobou todo o país e ameaçou seriamente a estabilidade do governo, o que fez com que o Presidente De Gaulle passasse a madrugada reunido com os seus generais em um verdadeiro conselho de guerra.
Em apoio e solidariedade aos estudantes, foi emitida uma ordem de greve geral de 24 horas pelas organizações operárias de maior expressão na França. O caráter internacional da crise estudantil se manifestou propagando-se rapidamente pela Europa, pelos Estados Unidos e pelo Brasil, adquirindo uma feição particular em cada um desse países.
O Maio de 1968 foi um movimento libertário e de celebração da utopia, quando estudantes e operários se uniram contra a opressão e pela solidariedade, lutando por uma maior participação de todos na vida social. Trouxe mudanças consideráveis nas relações entre raças, sexos e gerações em todo o mundo ocidental. Embora efêmero na sua duração, os seus ecos se fazem ouvir 40 anos depois.
A utopia libertária dos estudantes
A França concentrou em um mês as transformações sociais de uma década. Nos anos 60, sob o comando do General De Gaulle, tinha-se uma sociedade conservadora, estratificada e hierarquizada, vivendo os reflexos das perdas da Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, o após-guerra foi um período de grande expansão econômica e de crescimento da juventude urbana, particularmente dos estudantes. Esta juventude, afluente e cosmopolita, entrou em conflito com os valores sociais e familiares tradicionais, em um embate fortemente influenciado pelas ideologias predominantes da época.
No meio da batalha dezenas de automóveis ardiam e a atmosfera estava cheia de fumaça e gás lacrimogêneo. Os policiais atacavam as barricadas e os estudantes se defendiam, recuando passo a passo, mas sem fugir.
A crise estudantil, que provocou 367 feridos e 468 prisões na "noite sangrenta" de sexta-feira, englobou todo o país e ameaçou seriamente a estabilidade do governo, o que fez com que o Presidente De Gaulle passasse a madrugada reunido com os seus generais em um verdadeiro conselho de guerra.
Em apoio e solidariedade aos estudantes, foi emitida uma ordem de greve geral de 24 horas pelas organizações operárias de maior expressão na França. O caráter internacional da crise estudantil se manifestou propagando-se rapidamente pela Europa, pelos Estados Unidos e pelo Brasil, adquirindo uma feição particular em cada um desse países.
O Maio de 1968 foi um movimento libertário e de celebração da utopia, quando estudantes e operários se uniram contra a opressão e pela solidariedade, lutando por uma maior participação de todos na vida social. Trouxe mudanças consideráveis nas relações entre raças, sexos e gerações em todo o mundo ocidental. Embora efêmero na sua duração, os seus ecos se fazem ouvir 40 anos depois.
A utopia libertária dos estudantes
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