vídeo ilustrativo da postagem abaixo, postado em 19 de março de 2010 e abrilhantado com com esse vídeo da Cuba Información.
A tentativa de levar as “damas” ao símbolo de lutadoras da liberdade, praticada pela mídia hegemônica no mundo, tem uma opositora, que por si só já deveria levar esse grupo de mercenárias para o ostracismo, a nulidade e o desprezo, que o povo cubano lhes confere. Essa opositora é Hebe de Bonafini, presidente da associação Madres de la Plaza de Mayo, reconhecida e respeitada por qualquer pessoa minimamente movida por sentimentos humanitários, assim se refere a essas mulheres:
“Essas mulheres defendem o terrorismo. Elas defendem o primeiro país terrorista do mundo, o que tem mais sangue nas mãos, o que lança mais bombas, o que invade mais países, o que impõe as sanções econômicas mais duras aos demais. Estamos falando da nação que é responsável pelos crimes de Hiroshima e Nagasaki. Essas mulheres não percebem que a luta das Madres de la Plaza de Mayo simboliza o amor por nossos filhos desaparecidos, assassinados pelos tiranos impostos pelos EUA. Nosso combate representa a revolução, a que nossos filhos e filhas quiseram fazer. Sua luta é diferente, pois elas defendem a política subversiva dos EUA, que somente contém opressão, repressão e morte".
Em 6 de maio de 2008, Bush arrumou um tempinho para entrevistar-se diretamente com Berta Soler e com as “damas de branco”, numa vídeo conferência. Estas se encontravam na Seção de Interesses Norte-americanos (SINA) de Havana, para receber as diretrizes de sua ação. Bush as “felicitou” por seu “trabalho” e, Berta, inclusive, aproveitou a ocasião para pedir mais fundos a Washington: "Agradecemos a ajuda que nos dão os exilados cubanos, porém, não é suficiente".
Como Washington atuaria se surpreendesse um grupo recebendo quantias de dinheiro, equipamentos de comunicação e aconselhamentos sobre como derrubar o seu governo numa instalação em seu país? A recente visita de Lula a Cuba tem jogado luz à atuação do imperialismo e aos grupos que desde Miami tem promovidos ataques contra o território cubano, numa longa história, que incluem a explosão do navio mercante La Coubre, na baía de Havana e a invasão mercenária por Playa Girón, na baía dos Porcos. Em 1976, 73 pessoas morreram quando um avião do cubano explodiu em pleno vôo em razão de uma bomba instalada na aeronave. Em 1997, um turista italiano, Fábio Di Celmo, morreu quando uma bomba explodiu no hotel em que se hospedava. Houve, naquela ocasião, inúmeros feridos por explosivos colocados em outros hotéis. Ações como essas, ao longo de 50 anos, ocasionaram a morte de milhares de cubanos, vítimas diretas do terrorismo associado aos mesmos supostos financiadores das “damas”.
Mais profundamente, este debate deve nos levar às ponderações fundamentadas na formação e na informação, fora da guerra mediática que divide o mundo, segundo a epígrafe acima. A maioria das organizações de esquerda no mundo saiu em defesa do governo cubano, denunciando uma nova campanha imperialista. Outros preferiram adotar “a fraseologia, as palavras de ordem excelentes, que arrastam e embriagam, mas são desprovidas de base sólida”, como diria Lênin. Para os detratores das lutas travadas pelo povo cubano, o que fica difícil de aceitar é que a Ilha disponha de um sistema educativo – a pedra angular da Revolução Cubana –, que traz ao país o grande diferencial, caracterizado por sentimentos de autoconfiança, altivez e lealdade aos princípios, que somente a dignidade conquistada nos últimos 50 anos poderia lhes dar.
Texto enviado por Maria Leite.
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