Um aborto é um ato extremo e nenhuma mulher o faz sem violentar seu corpo e sua alma.
Respeito a decisão de mulheres que tiveram que chegar a esse extremo, pois emocionalmente, foi uma decisão difícil e que deixou marcas em sua vida. Nenhuma mulher, disso eu tenho certeza, faz um aborto como quem vai a um convescote no bosque.
Isto vale também para a sra. Monica Serra, se é que ela teve que tomar essa atitude extrema num determinado momento de sua vida.
Não concordo com essas especulações sobre o suposto aborto da mulher de Serra, mas também não concordo com a sua postura hipócrita de afirmar publicamente que a candidata Dilma Rousseff "mata criancinhas". Se ela fez ou não um aborto, isso é um problema da consciência dela, mas difamar a candidata opositora de seu marido é revoltante e desprezível, ainda mais se ela já enfrentou um dilema como esse.
No embate político, muitas coisas se dizem e depois se desdizem, mas há um limite moral e ético para esse embate.
Acredito que dona Mônica Serra está sendo usada pela campanha de seu marido, assim como sua filha também foi usada.
Se realmente é verdadeira essa notícia, ela terá mais um problema de consciência com que lidar: a hipocrisia extremada.
Triste papel, este, que tem se prestado algumas mulheres nesta campanha eleitoral.
É um retrocesso político e da causa da mulher pela sua emancipação.
reproduzido da Rede Brasil Atual
São Paulo - O jornal Folha de S. Paulo publicou neste sábado (16) reportagem em que ex-alunas da psicóloga Monica Serra afirmam ter ouvido a esposa do candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, contar sobre aborto realizado durante o exílio com o marido no Chile.
O suposto aborto de Monica já vinha sendo noticiado pelo jornal O Dia durante a semana, com base no depoimento da bailarina Sheila Canevacci Ribeiro, que diz ter sido aluna da mulher de Serra em 1992.
Na publicação deste sábado, a reportagem de Folha cita que localizou mais uma aluna do curso de dança da Unicamp que confirma a história sobre o aborto da então professora universitária Monica Serra.
Sheila disse aos jornais que decidiu postar um comentário sobre Monica em seu perfil na rede social Facebook depois de ouvir a afirmação de Serra durante debate, no último domingo (10), de que é contra o aborto por "valores cristãos". Ela também soube da acusação de Monica Serra, divulgada pela Agência Estado, de que a candidata Dilma Roussef (PT) é a favor de "matar criancinhas".
A ex-aluna de Monica escreveu que Serra não respeitava "tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Monica Serra já fez um aborto".
"Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o seu aborto traumático. Devemos prender Monica Serra, caso seu marido fosse eleito presidente", descreveu Sheila na rede social.
Em entrevista à Folha, Sheila confirmou as informações. A publicação também localizou uma colega de classe de Sheila, professora de dança em Brasília. Com a garantia do anonimato, ela contou que Monica expôs ter feito aborto por causa da ditadura chilena, porque o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto.
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