20 de setembro de 2010

"O Inverno foi deles, a Primavera será nossa"



Foram tempos difíces os últimos.

Não apenas neste período pré eleitoral.

Tivemos que ter muita paciência e preseverança em nossas convicções.

Os ataques vieram de todos os lados.

Foram CPIs do fim do mundo, valentões querendo bater na cara do presidente eleito democraticamente pela maioria do povo brasileiro. Cabeças brilhantes da política nacional sendo cortadas por armações e armadilhas, nas quais, alguns ingenuamente se deixaram pegar, olhares irônicos e de desprezo quando nos declarávamos petistas ou apoiadores do governoLula. Alcunhas jocosas dos reacionários rancorosos e incorformados com a mudança pela qual o país estava passando, como "petralhas", "mensaleiros" etc.

Mas parece que o conselho que Dona Lindu deu ao seu filho Lula, serviu para a maioria da militância progressista deste país: "Teime, teime sempre."

E nós teimamos.

Nos encolhemos um pouco na fracassada tentativa de golpe do, não provado, mensalão. Ficamos quietinhos, ajoelhados no milho, "falando de lado e olhando pro chão", mas teimamos e reelegemos o Lula.

O resultado todos sabem, um Brasil diferente do que conhecemos durante toda a nossa vida.

Faltam poucos dias para fechar um ciclo dessa história.

Serão dias terríveis, com factóides mil bombardeando nossas paciências e testando nossa resistência.

Mas nós continuaremos teimando, pois ningúém prometeu que seria fácil transformar o Brasil, de um país de poucos, para um país de todos, porém sabemos que valerá a pena.

"Eles" estão esperneando pois já vislumbram no horizonte que:

"O inverno foi deles, mas a primavera será nossa"


O site Carta Maior descreve e, reproduzo, como seraõs os próximos dias.







A ESTRATÉGIA DA DESLEGITIMAÇÃO DO VOTO


FALTAM 12 DIAS ATÉ 3 DE OUTUBRO



na reta final das eleições de 2010, a mídia demotucana desistiu de manter as aparências e ressuscitou o golpismo udenista mais desabrido e virulento.

O arrastão conservador não disfarça a disposição de criar um clima de mar de lama no país nas duas semanas que separam a cidadania das urnas."Ódio e mentira", disse o Presidente Lula, no último sábado, em Campinas, para caracterizar a linha editorial que unifica agora o dispositivo midiático da direita e da extrema direita em luta aberta contra ele, contra o seu governo, contra o PT , contra Dilma mas, sobretudo, contra a legitimidade do apo io popular avassalador ao governo Lula e a sua candidata nestas eleições.

O jornal o Globo foi buscar no sempre desfrutável Caetano Veloso o mote para a investida: "É como se fosse assim uma população hipnotizada. As pessoas não estão pensando com liberdade e clareza".

Ou seja, a vitória que se anuncia é ilegítima.

Virtualmente derrotada a coalizão demotucana já não têm mais esperança eleitoral em Serra, que avalia como um 'estorvo', um erro e um fracasso --o mesmo "Caê", na entrevista ao jornal carioca, classifica o tucano de "burro", por não ter , desde o início, atacado frontalmente Lula.

Sua candidatura, agora, sobrevive apenas como mula de um carregamento escancarado, quase cínico, de forças, interesses, veículos e colunistas determinados a sabotar por antecipação o governo Dilma, custe o que custar.

O objetivo é criar uma divisão radicalizada na sociedade brasileira.

Vozes do conservadorismo, mesmo quando travestido de ares pop, caso de Caetano, alimentam na elite e segmentos da classe média um sentimento de menosprezao e ilegitimidade pelo veredito quase certo das urnas.

A audácia sem limite cogita, inclusive, levar Dilma a depor no Senado, às vésperas do pleito que deve consagrá-la Presidente do país.

O desafio à vontade popular é típico do arsenal golpista.

A receita é a mesma pregada por Carlos Lacerda, em junho de 1950, quando era evidente a vitória de Juscelino Kubitschek contra a UDN.

O lema de ontem comanda hoje a ordem unida que articula pautas, capas e manchetes nos últimos 12 dias de campanha.

O que Lacerda disse é o que se pratica agora, de forma aberta ou dissimulada, em todos os grandes veículos de comunidação: " Este homem não deve ser candidato; se candidato, não pode ganhar; se ganhar, não deve tomar posse; se tomar posse não deve governar..."


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