20 de setembro de 2010

Na TV, pivô de denúncias contra Erenice admite chantagem e entra em contradição

Reproduzido da
Redação da Rede Brasil Atual


São Paulo - Rubnei Quícoli, pivô das denúncias contra o filho da ex-ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, admitiu ter tentado chantagear servidores públicos em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo exibido na sexta-feira (17). Em entrevista ao SBT Brasil, o empresário entrou em contradição sobre uma ida a Brasília (DF) na última semana.


O empresário acusa Israel Guerra, filho da ex-ministra, de ter pedido propina para facilitar a liberação de crédito para uma empresa de Campinas junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nem o crédito foi liberado, nem a empresa (ERDB) admite ter contratado Quícoli para a intermediação. Segundo o advogado da companhia que pretendia obter recursos para construir uma usina de energia solar no Nordeste, Quícoli "agiu por si".
Enquando o cinegrafista do SBT fazia ajustes no equipamento para iniciar a entrevista, mas já com a câmera gravando, Quícoli declarou ter visitado a capital federal, em viagem de jatinho particular. Ele não mencionou quem teria oferecido o transporte, mas comentou que a finalidade da viagem seria "ver como estavam as coisas". Depois, durante a entrevista a Sérgio Utsch, ele negou a informação (Clique aqui para assistir).
Assista à reportagem do SBT Brasil
Quícoli afirmou ainda ser apenas coincidência o fato de as denúncias terem sido apresentadas às vésperas da eleição, apesar de o caso supostamente ter se arrastado desde fevereiro deste ano. Ele ainda disse que "talvez" tenha outras denúncias contra o governo, mantendo-se na condição de ameaça e se dizendo "político agora", embora não tenha provas sobre o caso. A entrevista foi concedida na praça de alimentação do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).No Jornal Nacional, Quícoli admitiu ter tentado fazer chantagem contra servidores da Casa Civil, ameaçando fazer denúncias caso alguns de seus pleitos não fossem atendidos. Ele sequer apresenta e-mails de resposta dos servidores nem tem provas de que as mensagens tenham efetivamente sido enviadas."A ameaça feita por mim foi apenas assim: ou você faz ou não faz e adeus. Essa é a minha ameaça", detalhou. "Se eu receber um e-mail desse, ameaçador, eu vou na Justiça. Faço um boletim de ocorrência e entro para dar esclarecimento porque estou recebendo aquele tipo de ameaça, que eles dizem que foi ameaça", disse Quícoli. Apesar de admitir a tentativa de chantagem, sua versão não foi confrontada na edição do jornal da TV Globo.

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