30 de setembro de 2010

Após ligação de Serra, Gilmar Mendes para sessão sobre documentos para votar

Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Serra fala ao celular com o ministro Gilmar Mendes em auditório onde se reuniu com entidades de servidores



Na madrugada desta quinta feira (30 de setembro) alguns tuiteiros compulsivos lançaram e multiplicaram a notícia lançada no twitter do jornalista Noblat:


@Lapasionaria @alansilva1974 alguém do @ptnacional viu o que o Noblat postou no twitter s/ o Serra ter ligado p/Gilmar Mendes p/pedir vistas na vot.de hj?


Como fui dormir as 3 da madrugada e acordei sonolenta não acreditei nos meus olhos ao ler a notícia na Folha.com.

O que poderiamos concluir desse repentino ataque de ética e cidadania da Folha de São Paulo:

Utilizando a velha e gasta teoria do copo meio cheio ou meio vazio, poderiamos chegar a duas hipóteses:


Primeira: A Folha de São Paulo , como autêntica representante do PIG, ao concluir que seu candidato foi um fiasco, e que Dilma vai levar no primeiro turno, resolveu iniciar a operação rescaldo e salvar o que der para salvar. Com essa bombástica denúncia faz com que a classe média intelectuazida volte a acreditar que a Folha só tem o rabo preso com ela. ( o copo meio cheio)


Segunda: A Folha de São Paulo, como autêntico representante do PIG, vendo que Serra não decola nem com reza brava, resolveu com esta denúncia inflar a candidatura verde e tentar levar a eleição para o segundo turno. A denúncia seria apenas um rompimento estratégico entre Serra e a Folha. No segundo turno tudo voltaria a ser como antes: Serra eFolha de São Paulo uma união indisolúvel. (o copo meio vazio)

Já se fala em impeachman de Gilmar Mendes, veja aqui. Esta é a velha teoria do "mudar para que tudo permaneça como está". Queimam o Gilmar Mendes para salvar a própria pele.
Deixo a inacreditável reportagem da Folha abaixo, cada leitor pode tirar suas próprias conclusões e elaborar sua próprias teorias.







MOACYR LOPES JUNIORCATIA SEABRADE SÃO PAULO
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo. A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista, adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT).
Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Serra fala ao celular com o ministro Gilmar Mendes em auditório onde se reuniu com entidades de servidores
A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menor nível de escolaridade.
Após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens. O funcionário o informou que o ministro do STF estava do outro lado da linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório onde ocorria o encontro. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
Antes da interrupção, foi consenso entro os ministros que votaram que o eleitor não pode ser proibido de votar pelo fato de não possuir ou ter perdido o título.
Votaram assim a relatora da ação, ministra Ellen Gracie, e os colegas José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
Para eles, o título, por si só, não garante que não ocorram fraudes. Argumentam ainda que os dados do eleitor já estão presentes, tanto na sessão, quanto na urna em que ele vota, sendo suficiente apenas a apresentação do documento com foto.
"A apresentação do título de eleitor não é tão indispensável quanto a do documento com fotografia", afirmou Ellen Gracie.
O ministro Marco Aurélio afirmou que ele próprio teve de confirmar se tinha consigo seu título de eleitor. "Procurei em minha residência o meu título", disse. "Felizmente, sou minimamente organizado."
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos foi definida em setembro de 2009, quando o Congresso Nacional aprovou uma minirreforma eleitoral.
O PT resolveu entrar com a ação direta de inconstitucionalidade semana passada por temer que a nova exigência provoque aumento nas abstenções.
O advogado do PT, José Gerardo Grossi, afirmou que a exigência de dois documentos para o voto é um "excesso". "Parece que já temos um sistema suficientemente seguro para que se exija mais segurança", disse.

1 comentário

alex

PARA OS QUE AINDA ESTÃO INDECISOS ...

Quero crer que quem assistir não terá mais dúvidas:

http://www.youtube.com/watch?v=aF0vxD4WGyg&feature=player_embedded