21 de abril de 2010

Os blogues pró Dilma são eficientes?


Em 2009 escrevi ,neste blog, sobre um encontro realizado em São Paulo entre alguns participantes da comunidade “São Paulo Mobilizada” do Orkut.

Naquele encontro, percebi que poderíamos estar criando uma realidade “virtual” demais, para interferir em uma realidade real.

Me passou pela cabeça, que estávamos parecendo atores do filme “Adeus Lenin” do diretor alemão Wolfgang Becker, que havia assistido recentemente.

Hoje, li no Viomundo uma postagem do Mauro Carrara muito interessante.Não concordo com tudo que ele escreveu, mas uma frase me chamou a atenção e me remeteu à reflexão que havia feito em 2009, durante o tal encontro dos “Mobilizados de São Paulo”.

“- 90% dos conteúdos da chamada “blogosfera lulista” circulam dentro dos próprios redutos da esquerda. As denúncias, correções e defesas raramente chegam ao povo votante. Temos de valorizar esses guerreiros midiáticos, mas os resultados, em termos midiáticos, são extremamente modestos.”
Concordo plenamente com essa afirmativa.

Estamos, há muito tempo, falando para nós mesmos e para nossos egos.
Nem o rapaz do Xerox e a dona da quitanda, vizinhos do Carrara, nem o caixa do super mercado em que estive hoje, sabem da existência dos nossos blogues e comunidades virtuais.

É uma reflexão que devemos fazer, e um alerta à coordenação da campanha virtual de Dilma Rousseff.

Se queremos afagar-nos uns aos outros está perfeito:
Eu leio e comento o blogue de meus amigos de esquerda e eles lêem e comentam o meu, mas o resultado político dessa troca de gentileza é quase nulo, pois o caixa do super mercado e a quitandeira continuam lendo e acreditando na revista Veja e na Tv. Globo.

Mas se queremos ser eficientes eleitoralmente, precisamos de diretrizes comuns da coordenação da campanha midiática de Dilma .


Para quem não assistiu ao filme “Adeus Lenin”,

Sinopse:
A mãe de Alexander, fiel devota do socialismo na antiga Alemanha Oriental, tem um ataque cardíaco ao ver o filho em uma passeata contra o sistema vigente. Quando ela acorda do coma, após a queda do muro de Berlim, o médico aconselha a Alexander que ela evite emoções fortes, pois outro ataque tão cedo seria fatal. Com o peso na consciência pelo estado atual de sua mãe, Alex faz de tudo para que ela continue vivendo em uma ilusória Alemanha socialista, mudando embalagens de produtos industrializados e até mesmo inventando documentários televisivos para preencher as brechas do dia-a-dia do recente capitalismo no país.

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